segunda-feira, julho 31, 2006


O que ela já faz

A Adriana cresce a olhos vistos e todos os dias há novidades.
Anteontem descobriu que sabia gritar e pelos vistos adorou a sonoridade. Passou a tarde a emitir gritinhos estridentes, que iam aumentando, em som e em quantidade, à medida que se ia ouvindo. Finalmente, descobri qualquer coisa em que é parecida comigo: o tom de voz, que não passa despercebido em lado nenhum... Ah, pois é!!!
Como esta foto evidencia, já fica com o pescoço todo levantado; não pára quieta dois segundos, está sempre a tentar (e quase sempre a conseguir) virar-se de barriga para baixo e, obviamente, ao fim de algum tempo, fica cansada e enervada por não se conseguir virar ao contrário. Esta energia toda obrigou a que tivessemos que inventar uma estratégia que a mantivesse mais ou menos imobilizada na cama, porque se não não havia maneira de a pôr a dormir. Assim, colocamos à volta dela uma almofada em forma de U, que acaba por não lhe permitir mexer-se tanto.
Já se ri bastante quando o pai ou a mãe fazem aviãozinho com ela e parece uma tartaruguinha com o pescoço todo erguido. Já lhe arrancámos algumas gargalhadas nas semanas passadas, mas nos últimos dias tem-se rido de forma mais contida. Já agarra os pezinhos por mais tempo, brinca muito com as suas mãos pequeninas e também as estica em direcção aos bonequinhos que estão suspensos na espreguiçadeira. É tão linda quando começa a brincar com eles! Já consegue, por alguns instantes, agarrar objectos mais pequenos nas suas, também pequenas, mãos.
Em relação à alimentação, já todos sabemos como têm corrido as coisas. No que diz respeito a outros hábitos, há a registar o mau feitio que revelou ao longo dos 3 meses, que consistia basicamente em berrar desalmadamente quando via alguém que não fosse a mãe ou o pai. Não era nada bonito de se ver! E deixava a malta toda desconsolada. Foi uma fase longa, mas que está a passar aos poucos.
Adora o banho, ri-se imenso quando é colocada no muda-fraldas e lhe tiro a roupa e aproveita para ginasticar as suas pernas e braços. Ah, também gosta muito de água com gel de banho. Está sempre a pôr a linguinha de fora para ver se apanha umas gotas de água e quando a viro de barriga para baixo, começa logo a chupar a água da minha mão.
Dorme muito bem de noite (e o melhor é não elogiar muito). De dia as sestas são mais curtinhas, mas também não a queremos sempre a dormir, certo?
E que mais? Há com certeza mais coisas, mas neste momento não me estou a lembrar. Vou mantendo a actualização.
Voltando às papas

Se calhar elogiei demasiado. Não é que a "bichinha" agora anda com manhas para comer?!

Há refeições em que come lindamente a papinha e depois ainda bebe o leite que sobrou da preparação. Outras vezes (que são cada vez mais frequentes) come uma colher de papa e desata a chorar. Duas das vezes e que isso aconteceu, acabei por desistir, tal era o berreiro, e dar-lhe apenas leite. Numa outra vez, dei-lhe a chucha para ver se ela acalmava, enquanto eu ia fazer outra papa (pensava que podia não estar a gostar, visto ser nova), e não é que ela agarrou bem a chucha e engoliu o que tinha na boca?!

Sabem o que é que passei a fazer quando ela começa com estas coisas??? Dou-lhe uma colher de papa e a seguir a chucha. Faço isto três ou quatro vezes e depois começa a comer normalmente.

É muito feio enganar uma criança, não é? Mas é por uma boa causa. LOL

Ai, ai!!! Sexta-feira começa a sopa. O que é que está para vir?

domingo, julho 30, 2006

Reformulações

Por motivos de força maior, tive de fazer umas alterações na aparência deste blog. É verdade que gostava mais do aspecto anterior, mas a barra de crescimento ficava sumida; era pouco nítida.
Assim, pelo menos até ver, será este o aspecto da página.

sábado, julho 29, 2006

As primeiras consultas
Os primeiros tempos da "bichinha" não foram fáceis. Brevemente, desenvolverei esta questão, mas por agora basta apenas dizer que isso foi motivo para ir mais amiúde visitar o pediatra, durante o primeiro mês, pois o aumento de peso teve de ser vigiado cuidadosamente.
A tabela é mais ou menos assim:
Idade Peso Estatura P. Cefálico
31.03.06 10 dias 2530 gr 48,7 cm 35,4 cm
04.04.06 14 dias 2550 gr ------ ------
08.04.06 18 dias 2670 gr ------ ------
22.04.06 1 mês 3070 gr 50 cm 37,2 cm
20.05.06 2 meses 4000 gr 55 cm 39,2 cm
20.06.06 3 meses 4900 gr 57,9 cm 40,4 cm
20.07.06 4 meses 5810 gr 60,8 cm 42 cm
Como se pode ver, o primeiro mês de vida da Adriana foi atribulado. E porquê? Porque, depois de resolvida a questão das dificuldades alimentares, que retardou a sua saída do hospital, e de ela ter aprendido a mamar, EU (sim EU!) não lhe dava leite suficiente e ela chorava desalmadamente.
Foram precisos 3 ou 4 dias para reconhecer que o meu leite não era em quantidade suficiente para saciar a sua fome. Ela chorava, chorava... e nós desesperávamos e desesperávamos.
Depois de ter ouvido dezenas de vezes conselhos mais experientes, lá me resolvi a tirar o leite com a bomba para perceber que quantidade é que a Adriana estava a beber. Infelizmente, descobri que essas vozes sábias tinham razão e que aquilo que eu achava que não podia ser a razão de tamanho choro, era-o na verdade: o leite não chegava!
No dia seguinte começámos com o suplemento e as nossas vidas mudaram. Até hoje não voltámos a ter problemas com a alimentação e a Borboleta tem recuperado a olhos vistos.
A Ausência do Papá

Ontem tivemos um momento muito intenso. Fora há quase uma semana, o papá está a morrer de saudades da sua filhota. A bem da verdade, quem cá ficou também não ficou indiferente.

Então, numa das chamadas telefónicas que fizemos ontem, eu coloquei o telefone no ouvido da Adriana para que ela pudesse ouvir o pai. Coincidência ou não, ela sorriu e emitiu uns sons. E o que é que aconteceu de seguida? O pai tremeu nas bases. Imagino como deve ter ficado bem apertadinho, o coração! A voz, pelo menos, estava embargada.

Se tudo correr bem e não houver atrasos, o pai já está em viagem e amanhã de manhã já o teremos em casa.

Amamos-te muito e vamos encher-te de miminhos!!!

sexta-feira, julho 28, 2006

O Dia D


Continuando numa de recuperar alguns momentos do passado, mas sempre relacionados com a Borboleta, vou agora contar como correu o tão esperado dia 21 de Março.

Por volta das 8 da manhã, chegámos ao Hospital e fizemos o check-in, tal como numa normal chegada a um hotel. Estava tudo pacífico e ainda não havia sinal de que a Adriana quisesse nascer. Como estava quase a completar 41 semanas de gestação, a médica achou que se deveria induzir o parto. Assim foi. Por volta das 8.30 já estava no quarto onde passaria as horas seguintes até ir para o bloco de partos. Estávamos sozinhos, eu e o pai, por escolha nossa. Achámos que não valia a pena haver mais alguém, uma vez que podiamos passar o dia inteiro sem que nada acontecesse. A verdade, é que mais tarde me arrependi de não haver um ombro amigo por perto.

Bom, adiante. Algum tempo depois, surge a médica que me administra a primeira dose de oxitocina, de forma a que se iniciasse o trabalho de parto. Ainda não deviam ser 9 horas. Por volta da uma da tarde ainda nada tinha acontecido e as contracções eram fraquinhas (nem sequer sabia que de contracções se tratava). E lá vai uma segunda dose. A partir daí comecei a sentir-me desconfortável, com um mau-estar no corpo que percebi serem as (mal)ditas contracções. Ainda assim, perto da uma e meia da tarde, decidimos que era altura do papá ir almoçar para poder estar com as energias renovadas, quando fosse necessário dar "aquele" apoio.

A partir daqui tudo correu de uma maneira que nunca tinhamos imaginado.

Pouco depois do Rui sair, entra uma enfermeira para retirar a folha com o gráfico do CTG (que controlava os batimentos cardíacos do bebé e as contracções). Saiu e voltou logo de seguida com a seguinte novidade: "Temos de ir para o bloco de partos. A Drª viu o CTG e achou melhor acelerar o processo com uma cesariana."

Por instantes, pensei que aquela conversa não podia ser para mim, que tinha tido uma gravidez super saudável, sem condicionantes e que, ainda por cima, não tinha o maridão por perto. Fiquei super nervosa e com uma vontade incontrolável de chorar. Perguntei se era muito grave e explicaram-me que a bebé estava em sofrimento, mas para não me preocupar. E eu pensava: "Há qualquer coisa de incoerente neste discurso."

Reconheço que fizeram de tudo para me acalmar e ainda me deixaram ligar ao Rui para o avisar que ia sair do quarto. Só não deram tempo para que pudesse esperar por ele. Nem eu pedi...

E lá vou eu, completamente descontrolada, a caminho do bloco de partos. Foi tudo super rápido: a anestesia, o corte, a saída dela, os pontos, tê-la perto do meu rosto e a ida para a sala de recobro, onde finalmente a segurei nos braços... Mas lembro-me perfeitamente do esforço que fiz para não chorar ao pé daquela gente, que estava a dar o seu melhor, mas que ainda assim, não era o apoio que eu precisava. Estava de tal forma alterada, que a anestesista ficou o tempo todo a segurar-me a mão e a falar comigo. Foi impecável!

Assim que retiraram a Adriana de dentro de mim mostraram-ma logo. Ela chorava. Levaram-na para a limpar e vestir e ainda eu estava a ser cozida quando a vi pela segunda vez, já vestida, de olhos bem abertos e calada. Aproximaram-na de mim para lhe dar um beijo e eu voltei a chorar. Nunca vou esquecer aquele momento!

Entretanto, o pai estava atarantado e angustiado. Daí eu ter dito que me arrependi de não ter mais ninguém por perto. Com toda a preocupação com a Borboleta, ainda estava preocupada com a reacção do Rui, com as coisas que lhe estariam a passar pela cabeça, com o descontrolo que poderia estar a dominá-lo. Nessa altura teria sido importante um ombro para descansar ou para desabafar.

Enfim, o aperto acabou e pudemos estar os três juntos.

A Adriana nasceu no dia 21 de Março, de 2006, às 14.50h, com 2600gr e 47,5cm.


A Gravidez

Nesta foto, já estava em estado avançado de gravidez (7 mesinhos).

Foi no dia 22 de Julho de 2005 que o segundo teste de gravidez deu positivo (curiosamente, o primeiro, duas semanas antes, tinha dado negativo). Foi o melhor presente de aniversário que podia ter recebido!

Os nove meses correram de forma pacífica, sem enjoos (a não ser algumas náuseas à pasta de dentes), apenas com algum sono no início. Sinceramente, adorei estar grávida e, apesar de estar muito feliz por já ter comigo a "bichinha", já por várias vezes senti falta da barriga. Poucas semanas depois da Adriana ter nascido, lembro-me de estar sentada no sofá e de, inconscientemente me agarrar à barriga, como que à espera que ela mexesse.

É muuuuuuito prematuro pensar numa nova gravidez, mas esta correu muitíssimo bem. O pai esteve sempre presente e era ele que de noite nos massajava a barriguinha, coisa que ambas gostavamos muito. Aliás, o pai foi o único que teve o privilégio de sentir a bebé antes dela nascer. Muito temperamental desde a concepção, a nossa bebé!



A primeira papa

Para que vão ficando registados alguns dos melhores momentos da Adriana, terei de escrever sobre dias já passados (afinal temos já quatro meses de história!!!). No entanto, para já, quero assinalar o momento da primeira papa que a minha filhota comeu.

Foi precisamente no dia em que fez quatro meses (21 de Julho) e portou-se lindamente, como se pode ver na foto.

Foi um momento muito bom. Não chorou, não estranhou a colher e comeu umas boas colheradas, até que começou a ficar impaciente, porque o processo estava a ser demorado (ah, pois é! com o biberão a saciedade chega mais depressa). De qualquer forma, como se pode ver, até deu para posar para a foto e exibir os seus belos olhos azuis.

21 de Março - Dia da Primavera, da Poesia e, agora, da minha Adriana



Com quatro meses de atraso resolvi, finalmente, colocar mãos à obra e criar um blog para a minha Borboletinha.
Pretendo que seja um registo actualizado do seu crescimento e desenvolvimento .

Esta é a primeira foto que o papá lhe tirou, quando estava a ser aquecida, pouco depois de ter nascido. Desde o primeiro momento, sempre de olhos arregalados. Bem desperta para a vida!!!