segunda-feira, julho 31, 2006
Se calhar elogiei demasiado. Não é que a "bichinha" agora anda com manhas para comer?!
Há refeições em que come lindamente a papinha e depois ainda bebe o leite que sobrou da preparação. Outras vezes (que são cada vez mais frequentes) come uma colher de papa e desata a chorar. Duas das vezes e que isso aconteceu, acabei por desistir, tal era o berreiro, e dar-lhe apenas leite. Numa outra vez, dei-lhe a chucha para ver se ela acalmava, enquanto eu ia fazer outra papa (pensava que podia não estar a gostar, visto ser nova), e não é que ela agarrou bem a chucha e engoliu o que tinha na boca?!
Sabem o que é que passei a fazer quando ela começa com estas coisas??? Dou-lhe uma colher de papa e a seguir a chucha. Faço isto três ou quatro vezes e depois começa a comer normalmente.
É muito feio enganar uma criança, não é? Mas é por uma boa causa. LOL
Ai, ai!!! Sexta-feira começa a sopa. O que é que está para vir?
domingo, julho 30, 2006
sábado, julho 29, 2006
Ontem tivemos um momento muito intenso. Fora há quase uma semana, o papá está a morrer de saudades da sua filhota. A bem da verdade, quem cá ficou também não ficou indiferente.
Então, numa das chamadas telefónicas que fizemos ontem, eu coloquei o telefone no ouvido da Adriana para que ela pudesse ouvir o pai. Coincidência ou não, ela sorriu e emitiu uns sons. E o que é que aconteceu de seguida? O pai tremeu nas bases. Imagino como deve ter ficado bem apertadinho, o coração! A voz, pelo menos, estava embargada.
Se tudo correr bem e não houver atrasos, o pai já está em viagem e amanhã de manhã já o teremos em casa.
Amamos-te muito e vamos encher-te de miminhos!!!
sexta-feira, julho 28, 2006
Continuando numa de recuperar alguns momentos do passado, mas sempre relacionados com a Borboleta, vou agora contar como correu o tão esperado dia 21 de Março.
Por volta das 8 da manhã, chegámos ao Hospital e fizemos o check-in, tal como numa normal chegada a um hotel. Estava tudo pacífico e ainda não havia sinal de que a Adriana quisesse nascer. Como estava quase a completar 41 semanas de gestação, a médica achou que se deveria induzir o parto. Assim foi. Por volta das 8.30 já estava no quarto onde passaria as horas seguintes até ir para o bloco de partos. Estávamos sozinhos, eu e o pai, por escolha nossa. Achámos que não valia a pena haver mais alguém, uma vez que podiamos passar o dia inteiro sem que nada acontecesse. A verdade, é que mais tarde me arrependi de não haver um ombro amigo por perto.
Bom, adiante. Algum tempo depois, surge a médica que me administra a primeira dose de oxitocina, de forma a que se iniciasse o trabalho de parto. Ainda não deviam ser 9 horas. Por volta da uma da tarde ainda nada tinha acontecido e as contracções eram fraquinhas (nem sequer sabia que de contracções se tratava). E lá vai uma segunda dose. A partir daí comecei a sentir-me desconfortável, com um mau-estar no corpo que percebi serem as (mal)ditas contracções. Ainda assim, perto da uma e meia da tarde, decidimos que era altura do papá ir almoçar para poder estar com as energias renovadas, quando fosse necessário dar "aquele" apoio.
A partir daqui tudo correu de uma maneira que nunca tinhamos imaginado.
Pouco depois do Rui sair, entra uma enfermeira para retirar a folha com o gráfico do CTG (que controlava os batimentos cardíacos do bebé e as contracções). Saiu e voltou logo de seguida com a seguinte novidade: "Temos de ir para o bloco de partos. A Drª viu o CTG e achou melhor acelerar o processo com uma cesariana."
Por instantes, pensei que aquela conversa não podia ser para mim, que tinha tido uma gravidez super saudável, sem condicionantes e que, ainda por cima, não tinha o maridão por perto. Fiquei super nervosa e com uma vontade incontrolável de chorar. Perguntei se era muito grave e explicaram-me que a bebé estava em sofrimento, mas para não me preocupar. E eu pensava: "Há qualquer coisa de incoerente neste discurso."
Reconheço que fizeram de tudo para me acalmar e ainda me deixaram ligar ao Rui para o avisar que ia sair do quarto. Só não deram tempo para que pudesse esperar por ele. Nem eu pedi...
E lá vou eu, completamente descontrolada, a caminho do bloco de partos. Foi tudo super rápido: a anestesia, o corte, a saída dela, os pontos, tê-la perto do meu rosto e a ida para a sala de recobro, onde finalmente a segurei nos braços... Mas lembro-me perfeitamente do esforço que fiz para não chorar ao pé daquela gente, que estava a dar o seu melhor, mas que ainda assim, não era o apoio que eu precisava. Estava de tal forma alterada, que a anestesista ficou o tempo todo a segurar-me a mão e a falar comigo. Foi impecável!
Assim que retiraram a Adriana de dentro de mim mostraram-ma logo. Ela chorava. Levaram-na para a limpar e vestir e ainda eu estava a ser cozida quando a vi pela segunda vez, já vestida, de olhos bem abertos e calada. Aproximaram-na de mim para lhe dar um beijo e eu voltei a chorar. Nunca vou esquecer aquele momento!
Entretanto, o pai estava atarantado e angustiado. Daí eu ter dito que me arrependi de não ter mais ninguém por perto. Com toda a preocupação com a Borboleta, ainda estava preocupada com a reacção do Rui, com as coisas que lhe estariam a passar pela cabeça, com o descontrolo que poderia estar a dominá-lo. Nessa altura teria sido importante um ombro para descansar ou para desabafar.
Enfim, o aperto acabou e pudemos estar os três juntos.
A Adriana nasceu no dia 21 de Março, de 2006, às 14.50h, com 2600gr e 47,5cm.
A Gravidez
Nesta foto, já estava em estado avançado de gravidez (7 mesinhos).
Foi no dia 22 de Julho de 2005 que o segundo teste de gravidez deu positivo (curiosamente, o primeiro, duas semanas antes, tinha dado negativo). Foi o melhor presente de aniversário que podia ter recebido!
Os nove meses correram de forma pacífica, sem enjoos (a não ser algumas náuseas à pasta de dentes), apenas com algum sono no início. Sinceramente, adorei estar grávida e, apesar de estar muito feliz por já ter comigo a "bichinha", já por várias vezes senti falta da barriga. Poucas semanas depois da Adriana ter nascido, lembro-me de estar sentada no sofá e de, inconscientemente me agarrar à barriga, como que à espera que ela mexesse.
É muuuuuuito prematuro pensar numa nova gravidez, mas esta correu muitíssimo bem. O pai esteve sempre presente e era ele que de noite nos massajava a barriguinha, coisa que ambas gostavamos muito. Aliás, o pai foi o único que teve o privilégio de sentir a bebé antes dela nascer. Muito temperamental desde a concepção, a nossa bebé!
A primeira papa
Para que vão ficando registados alguns dos melhores momentos da Adriana, terei de escrever sobre dias já passados (afinal temos já quatro meses de história!!!). No entanto, para já, quero assinalar o momento da primeira papa que a minha filhota comeu.
Foi precisamente no dia em que fez quatro meses (21 de Julho) e portou-se lindamente, como se pode ver na foto.
Foi um momento muito bom. Não chorou, não estranhou a colher e comeu umas boas colheradas, até que começou a ficar impaciente, porque o processo estava a ser demorado (ah, pois é! com o biberão a saciedade chega mais depressa). De qualquer forma, como se pode ver, até deu para posar para a foto e exibir os seus belos olhos azuis.
Com quatro meses de atraso resolvi, finalmente, colocar mãos à obra e criar um blog para a minha Borboletinha.
Pretendo que seja um registo actualizado do seu crescimento e desenvolvimento .
Esta é a primeira foto que o papá lhe tirou, quando estava a ser aquecida, pouco depois de ter nascido. Desde o primeiro momento, sempre de olhos arregalados. Bem desperta para a vida!!!