Afinal, toda a nossa ansiedade não teve razão de ser. Pelo menos para já...
Lá fomos levar a Adriana ao colégio logo de manhã. Ela não estranhou nada, começou logo à procura de brinquedos para se entreter, lá se foi aproximando de outros meninos, sem grandes confianças e foi ganhando à vontade.
Eu e o pai ficámos por lá uns 20 minutos para ver como é que ela se ia ambientando. A determinada altura, a educadora distraiu-a com a rua e nós aproveitámos para sair. Talvez não seja a forma mais pedagógica para a deixar, mas se nos despedissemos haveria choro na certa. Ficámos do lado de fora a espreitar. Já tinha saído da janela e por lá andava na sala. Fomos à secretaria e antes de irmos embora disse ao Rui para irmos vê-la outra vez. Cruzámo-nos à porta com a auxiliar, que nos disse que ela estava lindamente.
Cerca de duas horas depois voltei lá para a ir buscar (estava a brincar num lavatório de apoio que têm lá na sala, sem água mas com muita tralha), porque não havia necessidade de a deixar todo o dia, sendo a primeira vez. Recebeu-me com um grande sorriso e um abraço e eu fiquei babada com o que ouvi dela. Que nunca tinha chorado, que esteve sempre bem, que tinha comido bem, que era super carinhosa e que ia fazer carinhos aos meninos que estavam a chorar... Enfim, só coisas boas!
Fiquei por lá mais um bocado e lá fui dando colo a alguns bebés que choravam. O primeiro dia não é fácil, realmente, para alguns deles. A Adriana revelou alguma ciumeira. Quando eu tinha alguém ao colo, queria vir também. Lol.
Saiu de lá bem disposta, disse adeus a todos, deu beijinhos à educadora e à auxiliar e à saída já vinha de mão dada com uma educadora de outra sala, que "atravessou" o nosso caminho.
Ao longo do dia fomos-lhe falando da escolinha, perguntando se queria ir ver os meninos e ela sempre riu, sempre manifestou vontade disso.
Amanhã é outro dia, e o que valeu para hoje pode ser diferente amanhã. Vamos ver. Amanhã vou buscá-la depois de almoço.