sexta-feira, novembro 03, 2006

A MAGIA DA MATERNIDADE

Esta noite,desde que chegámos a casa (por volta das oito da noite) até à hora em que a Adriana se deitou tivemos dois momentos mágicos, muito nossos. Ainda assim, o segundo ainda foi mais especial.

Quanto ao primeiro, aconteceu depois de ter comido a papa e a manga. Normalmente, depois disto, eu ou o Papi costumamos colocar-lhe o gel nas gengivas (já falei sobre isso). O facto de ela já ter um dentinho faz com que, se não colocarmos bem o nosso dedo na boca dela, ela nos possa magoar. Evidentemente não é nada que não se suporte, mas hoje eu queixei-me. Disse AU, instintivamente, num tom que a incomodou, pelos vistos (quem me conhece já sabe que o meu tom, normalmente não passa despercebido LOL). E qual foi a reacção dela? Ficou super sentida. Olhou séria para mim, tremeu o queixinho e ia começar a chorar. Deve ter achado que eu estava chateada com ela. Só quando eu me comecei a rir é que ela também riu. Acreditem ou não, foi um momento intenso perceber que ela tinha entendido que eu me estava a queixar e que poderia estar zangada com ela.

O segundo momento aconteceu há minutos. Lá fomos nós para o ritual da mudança da fralda e do vestir do pijama. Depois disto, sou quase sempre eu que a coloco na cama (depois das inevitáveis despedidas do Papi) porque gosto deste momento silencioso, em que o quarto já está na penumbra e em que falo baixinho ao ouvido dela ou lhe canto uma canção (com o pouco jeito que tenho). Normalmente ela acalma por uns instantes, mas rapidamente se começa a mexer e virar de um lado para o outro. Mas hoje foi diferente. Eu comecei a cantar e ela ficou muito quieta, com o corpo encostado ao meu peito e a cabeça ao meu queixo. Há medida que o tempo ia passando, sentia a cabeça dela a pesar mais sobre a minha cara e via os seus olhinhos a quererem fechar. Não chegou a adormecer, mas acho que gostou tanto deste momento como eu. Eu nem queria sair do quarto...

Agora já dorme muito descansada na sua cama, com a sua companheira Borboleta (que nunca fotografei) e com o seu inseparável cobertor cor-de-laranja, que a acompanha desde o dia em que saiu do hospital.

São estas as pequenas/grandes maravilhas de ser Mãe.

À Parte: quando somos Mães parece que vemos borboletas em tudo. LOL

2 Comments:

Blogger sandra said...

É tanta a borboleta que até sinto «butterflies in my belly»! Esta forma bem mais bonita e mágica da língua inglesa descrever o nosso «frio na barriga».Também muito mágico esse momento, que se entende simples, mas que compreendo ser para ti, mãe que ama, um momento único! Que bom partolhar contigo estas alegrias...

05 novembro, 2006 21:32  
Anonymous Anónimo said...

Temos os nossos momentos muito particulares que nos ligam profundamente a um bebé muito especial: o nosso, e ver borboletas assim é paixão e amor.
Beijinhos.

06 novembro, 2006 16:33  

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